quarta-feira, fevereiro 09, 2005

Normalização no Togo

O Togo, país africano situado no Golfo da Guiné, regressou à normalidade institucional após o falecimento repentino, no sábado passado, do Presidente Eyadema que se encontrava no poder desde 1967. Nesse mesmo dia as forças armadas confiaram o poder ao seu filho Faure Gnassingbé, o que gerou alguns protestos devido à Constituição Togolesa prever, nestes casos, que o poder transitasse para o Presidente da Assembleia Nacional até à realização de eleições no prazo de dois meses. Como Natchaba, Presidente da Assembleia Nacional, se encontrava no voo de avião de regresso de uma viagem ao estrangeiro e "para evitar o vazio de poder", nas palavras de um porta-voz das forças armadas, estas decidiram-se pelo filho do defunto para completar o mandato do pai até 2008, ano em que se prevêem as novas eleições. Nesta situação, e para evitar a instabilidade sempre causada pelas campanhas eleitorais e por alguma situação menos clara, a Assembleia Nacional alterou no domingo a Constituição para que pudesse ser investido, na segunda-feira, Faure Gnassingbé. Após a tomada de posse, o novo Presidente juntamente com os representantes das forças armadas, deputados e membros do novo governo, seguiram em cortejo para o funeral do General Eyadema num ambiente de profunda consternação. Apesar desta prova de eficiência das instituições democráticas togolesas, a Secretária de Estado norte-americana Condoleezza Rice já fez saber que se houver algum desvio do programa do anterior Presidente, os EUA enviarão Jimmy Carter como observador às eleições de 2008, o que foi tido como um sério aviso, pela generalidade dos comentadores internacionais.