"Terminou o ciclo político em que presidi ao CDS/PP", afirmou ontem um comovido Paulo Portas, no rescaldo de uma noite eleitoral que deu aos populares 7,3% dos votos, 12 deputados e o quarto lugar entre as forças políticas portuguesas. Resultados que traduzem, segundo Portas, um falhanço em toda a linha nas metas do CDS para estas eleições.
Portas sublinhou que o "resultado do CDS não é um bom resultado". E assumiu responsabilidades pessoais. "Dos quatro objectivos que tracei, falhei os quatro. Quero assumir a responsabilidade pessoal por este resultado, porque considero que o partido me deu todas as condições para disputar estas eleições ", afirmou o agora demissionário presidente do CDS.
[É verdade, o partido deu-lhe todas as condições - 6,76 milhões de Euros - para disputar estas eleições. Mas anime-se, os extremistas do Bloco, com 730 mil Euros, também não conseguiram mais do que 6,4% dos votos.]
Sobre os quatro objectivos traçados, Portas apontou a meta de uma maioria de centro-direita para afirmar que "o CDS, pela sua parte, também não conseguiu". Para comentar a maioria absoluta do PS, falou na primeira pessoa - "falhei". E mais contundente foi quanto à meta dos 10% [que nada terá a ver com submarinos] "Fui, nesta matéria, pessoalmente derrotado."
[Quatro objectivos falhados podem não ser suficientes para os seus objectivos, tão sinceros, de auto-culpabilização. Dever-se-ia, também, acrescentar a seca persistente que tem assolado o país, e a escassez de sardinhas que se faz sentir nas nossas costas. Desta forma, as pessoas poderiam discernir com mais clareza que Portas pode, afinal, não retratar o falhado acabado, que neste momento apregoa ser.]
A isto acresce, afirmou ainda, a "ascensão do extremismo e do radicalismo de esquerda". Um cenário que o líder popular comentou com amargura "Não há nenhum país civilizado do mundo onde a diferença entre trotsquistas e democratas-cristãos seja de apenas um por cento". [Louçã lamentou, também, com amargura, esta pequena diferença.]
A falar à beira das lágrimas, Portas garantiu que não deixará o partido. "O CDS teve presidentes que o abandonaram. Esta é a minha casa e eu jamais a abandonarei", sublinhou. [Também desconfiamos que não. Nos próximos trinta anos pelo menos. Assim haja saúde!]
Segundo fontes próximas do líder do CDS, a decisão foi pessoal, e contra a opinião da maioria dos dirigentes do partido. Segundo fonte popular, "todos tentaram demovê-lo", argumentando que o cenário não era tão desastroso que impedisse a continuação do líder. Sem sucesso. A tentativa deverá, no entanto, continuar. O eurodeputado Ribeiro e Castro sugeriu "uma onda de fundo para que Paulo Portas se mantenha à frente do CDS" e a Juventude Popular lançou um abaixo assinado no mesmo sentido. A hipótese é, no entanto, considerada "improvável" por fontes próximas de Portas.
[As fontes próximas de Portas estão a fazer-se difíceis. No entanto, como resistir, com êxito, à opinião da maioria dos dirigentes do partido, à onda de fundo partidária, ao avassalador tsunami democrata-cristão? Sobretudo, se o epicentro do tsunami se situar na mente perversa do líder?]
7 comentários:
Que vontade de chorar me deu a "dignidade" do Portas...
Nenhum país civilizado da Europa tem uma direita tão estúpida!
Que vontade de chorar me deu a "dignidade" do Portas...
Nenhum país civilizado da Europa tem uma direita tão estúpida!
Que vontade de chorar me deu a "dignidade" do Portas...
Nenhum país civilizado da Europa tem uma direita tão estúpida!
Que vontade de chorar me deu a "dignidade" do Portas...
Nenhum país civilizado da Europa tem uma direita tão estúpida!
Que vontade de chorar me deu a "dignidade" do Portas...
Nenhum país civilizado da Europa tem uma direita tão estúpida!
Nenhum país civilizado da Europa pode ter uma direita assim tão estúpida!
Nenhum país civilizado da Europa pode ter uma direita assim tão estúpida!
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